Após 146 anos, o jornal O Estado de S. Paulo, o Estadão, mudará de formato a partir de 17 de outubro, passando a ser impresso no berliner, comumente usado por jornais europeus, como o Le Monde. É a publicação do editorial “Uma escolha difícil” – que equiparou a extrema direita de Jair Bolsonaro com o professor civilizado Fernando Haddad no segundo turno das eleições de 2018.
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Estado de S.Paulo, o Estadão, vai encolher
O jornal vai ser seguir o modelo que, na América do Sul, é seguido pelo La Nación.
Esta é a data com que o jornal trabalha para abandonar o formato atual, standard, mas é possível que seja necessário um pequeno adiamento.
Por causa dessa mudança, o espaço da página diminuirá em 40% e a letra do texto aumentará em cerca de 10%.
Esse novo formato é parte de uma série de mudanças que vêm ocorrendo na empresa, fruto da contratação da McKinsey pelos Mesquita há cerca de um ano.
É mais uma ‘escolha difícil’ desse centenário jornal.
Breve história do Estadão
Estado de S. Paulo, também conhecido como Estadão, é um jornal brasileiro publicado na cidade de São Paulo desde 1875.
Ao lado de O Globo, Folha de S. Paulo, Zero Hora, Correio Braziliense e Estado de Minas, entre outros, forma o grupo dos maiores jornais do Brasil.
Foi fundado por um grupo de republicanos em 4 de janeiro de 1875. Nessa época, o jornal se chamava A Província de São Paulo e foi o pioneiro em venda avulsa no país, fato pelo qual foi ridicularizado pela concorrência (Correio Paulistano, O Ipiranga e Diário de S. Paulo, de 1865).
A venda avulsa foi impulsionada pelo imigrante francês Bernard Gregoire, que saía às ruas montado num cavalo e tocando uma corneta para chamar a atenção do público — e que, décadas depois, viraria o próprio símbolo do jornal — aumentou a tiragem do jornal. Ao final do século XIX, o Estado já era o maior jornal de São Paulo, superando em muito o Correio Paulistano.