Ricardo Parolin Schnekenberg, doutor em Emergência e Neurociência Clínica, foi às redes sociais, nesta quinta (14), denunciar o descaso e o crime cometido pelo governo Bolsonaro ao permitir a catástrofe que ocorre em Manaus com a falta de oxigênio hospitalar.
No Twitter, Schnekenberg escreveu:
Vou ser bem claro: o que está acontecendo em Manaus e em outras cidades brasileiras era evitável com medidas factíveis para nossa realidade brasileira. Sem coordenação nacional o controle epidêmico é impossível, e o Ministério da Saúde sempre soube disso. Estamos assistindo uma catástrofe.
Ignorância não pode ser alegada por aqueles no mais alto escalão do cuidado da saúde nacional, com acesso a dados precoces e relatórios de organizações internacionais, além de especialistas a disposição em qualquer tema. Foi descaso. É crime.
Em 16 de Março de 2020 o Imperial College publicou o famoso relatório que já mostrava que uma estratégia de expansão de sistema hospitalar não seria viável frente a expensão exponencial no número de casos graves. Especialistas estão avisando isso todo santo dia há >9 meses.
Mais cedo o pesquisador Jesem Orellana, da Fiocruz-Amazônia, anunciou que o ‘oxigênio acabou e hospitais de Manaus viraram câmara de asfixia’.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, classificou a situação como “dramática”.
Ignorância não pode ser alegada por aqueles no mais alto escalão do cuidado da saúde nacional, com acesso a dados precoces e relatórios de organizações internacionais, além de especialistas a disposição em qualquer tema. Foi descaso. É crime.
— Ricardo Parolin Schnekenberg (@parolin_ricardo) January 14, 2021