A diferença entre Lula e Jair Bolsonaro nas pesquisas eleitorais não diminuiu à toa. O atual presidente deixou de lado os ataques que vinha fazendo às vacinas contra Covid-19 para voltar a criticar o sistema eleitoral brasileiro.
Segundo a jornalista Andreia Sadi, a estratégia “foi um movimento calculado e aconselhado pelos integrantes do grupo que coordena sua reeleição”.
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Centrão aconselhou Bolsonaro a mudar discurso
As pesquisas do núcleo da campanha, comandado pelo Centrão, indicam uma queda de Bolsonaro sempre que ele faz campanha contra vacinação, apoiada pela ampla maioria da população. Consequentemente, aumenta a vantagem do ex-presidente Lula como favorito na disputa presidencial.
Tanto o Centrão como os militares do governo concordam que Bolsonaro “esqueça as críticas à vacina” até a eleição. O chefe do Executivo topou mudar de discurso após ver o diagnóstico.
Aliados de Jair o aconselham também a maneirar nos ataques a ministros do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal. Contudo, ele já demonstrou que ignora tais conselhos.
Bolsonaro foi colocado contra a parede por causa de vacina
O presidente passou a adotar um discurso mais ameno em relação à vacinação ao ser colocado contra a parede pelo Centrão.
O recado das pesquisas internas com eleitores bolsonaristas realizadas em todo o país foi claríssimo: até mesmo o apoiador do mandatário da República apoia a vacinação. Mais da metade dos entrevistados declarou apoio à exigência do passaporte da vacina.
Segundo o G1, quatro entre cinco eleitores do presidente aprovam a vacinação. O resultado da pesquisa assustou o presidente, que acreditava ser apoiado pela maior parte de seus eleitores nesse quesito.
Agora, ele está sendo orientado a dizer que a imunização não é obrigatória no Brasil, mas que não faltou vacina. Quanto tempo essa postura irá durar, ninguém sabe.
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— DCM ONLINE (@DCM_online) February 16, 2022