Estrela da literatura dos EUA, Paul Auster morre aos 77 anos

Atualizado em 1 de maio de 2024 às 8:07
O escritor americano Paul Auster. Foto: reprodução

Paul Auster, renomado escritor norte-americano conhecido por suas obras que retratam pessoas à margem da sociedade, morreu na noite da última terça-feira (30), aos 77 anos, após uma batalha contra um câncer diagnosticado há pouco mais de um ano.

A notícia foi confirmada por uma amiga próxima, Jacki Lyden, conforme reportado pelo jornal “The New York Times”. Ele havia dado início a um tratamento no Centro Oncológico Memorial Sloan Kettering de Nova York em 2023.

Nascido em 1947 no estado de Nova Jersey, Paul Auster tornou-se uma figura literária emblemática de Nova York, com sua vasta produção composta por cerca de 30 livros traduzidos para mais de 40 idiomas. Seus romances são marcados pela exploração do acaso e das coincidências que moldam a vida de seus personagens.

O escritor ganhou notoriedade em 1982 com “A Invenção da Solidão”, uma obra que retrata de forma comovente suas memórias relacionadas ao pai. A partir de 1985, ele deu início à sua aclamada “Trilogia de Nova York”, composta por “Cidade de Vidro”, “Fantasmas” e “Quarto Fechado”, nas quais os protagonistas buscam suas identidades enquanto detetives pelas ruas de Manhattan.

Prolific US novelist Paul Auster dies aged 77
Paul Auster. Foto: reprodução

Além desses trabalhos, Auster emplacou sucessos como “Moon Palace”, “O Livro das Ilusões” e “Desvarios do Brooklyn”. Como roteirista, contribuiu para filmes como “Smoke” e sua sequência “Brooklyn Boogie”, dirigindo ambos ao lado de Wayne Wang.

Seu último romance, “Baumgartner”, lançado no fim do ano passado, aborda temas de luto a partir das memórias de um professor que perdeu a esposa. O livro foi concluído em 2022, o mesmo ano em que o autor recebeu o diagnóstico de câncer.

Paul Auster, descendente de judeus ashkenazi, estudou literatura francesa, italiana e britânica na Universidade de Columbia, em Nova York.

Após seus estudos, viveu em Paris de 1971 a 1975, período em que também se dedicou à tradução de poetas franceses. Apenas após realizar diversos trabalhos, pôde finalmente dedicar-se inteiramente à sua carreira como escritor, graças à herança deixada por seu pai após seu falecimento em 1979.

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