O governo dos Estados Unidos anunciou que vai desenvolver uma bomba atômica com capacidade de destruir bunkers e centros subterrâneos. A nova arma terá capacidade destrutiva maior do que a do principal modelo usado pelo país e mira bases da China, Rússia e Irã.
O Departamento de Defesa afirmou que a nova bomba atômica precisa de autorização do Congresso para ser desenvolvida. Ainda não há custo estimado para produzir a arma, mas o governo americano afirmou que ela irá substituir algumas bombas do arsenal atual.
“A B61-13 será empregável por aviões modernos, aumentando a dissuasão de adversários e a confiança de aliados ao dar ao presidente opções adicionais contra certos alvos militares maiores e mais reforçados. Ela irá substituir algumas das B61-7 no arsenal atual e deverá ter uma potência similar à da B61-7, que é maior do que a da B61-12”, afirma o governo em comunicado.
A letra B usada na nomenclatura se refere a bombas de gravidade, lançadas por aviões e que caem sem auxílio direcional. O número “61” é uma referência ao ano em que o modelo foi criado: neste caso, 1961. Já o número 13 indica a versão da bomba.
O arsenal americano tem cinco modelos ativos deste tipo de arma atualmente. O mais moderno, B61-12, começou a ser produzido há dois anos e custa quase R$ 150 milhões por unidade. Elas não são fiscalizadas e não são cobertas por nenhum tipo de acordo de controle, o que torna a quantidade real desconhecida.
A B61-7 citada pelo comunicado tem potência regulável estimada por especialistas entre 10 e 340 quilotons, ou seja: potencial que varia entre uma e cerca de 23 bombas de Hiroshima. A B61-12, por sua vez, foi projetada para ter de 0,3 quilotons, 50 vezes menos do que a de Hiroshima, a 50 quilotons, cerca de três Hiroshimas.
Recentemente, os Estados Unidos também apresentaram o novo avião bombardeiro B-21 Raider, conhecido como aeronave “invisível”. Ele possui a tecnologia “stealth”, que é invisível a radares, e é o primeiro divulgado ao público em 30 anos.