EUA “discordam” da declaração de Lula e negam genocídio em Gaza

Atualizado em 20 de fevereiro de 2024 às 20:06
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Matthew Miller, afirmou nesta terça-feira (20) que o governo norte-americano “discorda” da declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Israel.

No último domingo (18), o petista comparou os ataques israelenses na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus realizado por Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula durante entrevista em Adis Abeba, na Etiópia.

Segundo Miller, “obviamente” os EUA discordam da declaração. “Fomos bastante claros que não acreditamos que um genocídio ocorreu em Gaza. Queremos ver o conflito encerrado quando for possível. Queremos ver aumento de ajuda humanitária para civis em Gaza. Mas não concordamos com esses comentários”, afirmou.

Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken. Foto: Malton Dibra/EFE/EPA

A declaração ocorre no dia em que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chega ao Brasil. Blinken se reunirá com Lula na quarta-feira (21).

Miller não informou se o diplomata abordará o assunto com autoridades brasileiras, mas destacou que os Estados Unidos “engajaram com o Brasil em uma série de assuntos”. “Não espero que isso mude”, disse.

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