A equipe de campanha de Donald Trump é acusada de enviar cédulas de “eleitores falsos” em uma tentativa desesperada de invalidar as eleições de 2020, conforme revelado por um novo relatório.
De acordo com informações vazadas de uma investigação no estado de Michigan, assessores de Trump teriam buscado entregar documentação supostamente fraudulenta ao vice-presidente Mike Pence antes da certificação dos resultados eleitorais.
A estratégia dos “eleitores falsos” explorava a peculiaridade do sistema eleitoral dos Estados Unidos, no qual os presidentes não são eleitos diretamente pelo povo, mas sim por 538 “eleitores” escolhidos pelos estados com base nos resultados da votação.
A equipe de Trump teria tentado pressionar legisladores estaduais a ignorar o voto popular e escolher eleitores por decreto. Diante da resistência, eles formaram seu próprio grupo de eleitores sem legitimidade legal e pressionaram Pence a aceitá-los em vez dos eleitores verdadeiros.
Várias pessoas enfrentam acusações criminais relacionadas a esse esquema, incluindo o advogado pró-Trump Kenneth Chesebro, que se declarou culpado de conspiração para apresentar documentos falsos.
?URGENTE: Acaba de ser revelada a informação de que a equipe do ex-presidente Donald Trump enviou cédulas eleitorais falsas para Washington, com o intuito de fraudar o pleito de 2020! Com essa novidade, ganha força o movimento para Trump ficar INELEGÍVEL no país todo em 2024… pic.twitter.com/dS59T0eSZv
— PESQUISAS E ANÁLISES ELEIÇÕES (@pesquisas_elige) December 29, 2023
Gravações de áudio do depoimento de Chesebro sugerem que a equipe de Trump se empenhou em transportar fisicamente as cédulas dos eleitores falsos por todo o país, visando colocá-las diante de Pence antes da certificação dos resultados eleitorais.
Chesebro revelou aos investigadores que a campanha de Trump estava preocupada com o tempo, temendo que os votos de Michigan não chegassem a Pence a tempo. Apesar da consideração inicial de alugar um jato particular para a entrega das cédulas, a equipe optou por confiar a tarefa a um funcionário da campanha e a um representante do Partido Republicano de Wisconsin, que reservaram voos comerciais.
Conforme a legislação federal, as cédulas eleitorais devem ser apresentadas pessoalmente no Senado dos EUA para a contagem dos votos pelos legisladores. No entanto, nem todos os republicanos concordaram com essa abordagem, como indicado em um e-mail de um funcionário do partido de Wisconsin.
Chesebro informou aos investigadores que entregou os documentos a um assessor de um congressista republicano, que tentou assegurar que eles chegassem à mesa de Pence. No entanto, Pence rejeitou o esquema, destacando em 6 de janeiro de 2021 que seu juramento à Constituição dos EUA não lhe permitia reivindicar autoridade unilateral sobre quais votos eleitorais deveriam ser contados.
*Com informações da CNN