Publicado originalmente no Tijolaço:
Por Fernando Brito
No Reino Unido, primeiro país ocidental a iniciar a vacinação contra a Covid, semana passada, não teve mais dúvidas: Londres e partes de dois condados vão ampliar o bloqueio ao coronavírus para um grau mais agudo, o “Nível 3” na quarta-feira, fechando pubs, cafés e restaurantes numa área onde vivem 10,8 milhões de pessoas.
Na Alemanha, a partir de quarta-feira, entra-se em “lockdown”, com o fechamento de lojas, escritórios e proibição de reuniões até 10 de janeiro. No jornal inglês The Guardian, lê-se que “A Alemanha se prepara para uma noite silenciosa neste Natal“.
A Holanda vai , também , fechar lojas e negócios não essenciais, como salões de beleza, museus e teatros também vão fechar, de terça a 19 de janeiro.
Esta é a cena geral na Europa e lembremo-nos de que, lá, a vacinação, onde não começou, começará em apenas alguns dias.
Aqui, mesmo com as medidas meia-boca anunciadas na semana passada, as tevês estão cheia das “aglomerações” costumeiras e só uma providencial chuva permitiu que as praias do Rio estivessem apenas cheias e não com gente amontoada.
O número de mortes registradas no domingo – sempre mais baixo pela nossa inexplicável capacidade de contar corpos nos finais de semana foi, mesmo assim, de 433, o que, com certeza, fará com que amanhã o score mortal deva superar a casa dos 800 óbitos.
Com ou sem vacina – e, provavelmente, sem, por um longo tempo – vamos assistir a uma escalada de casos. Rodoviárias e aeroportos já estão lotados, o que indica que as reuniões familiares e eventos turísticos já marcados não serão cancelados, como deveriam ser.