Silas Malafaia e Marco Feliciano estão reclamando da demora para o Senado Federal sabatinar André Mendonça. Para eles, cabe a lideranças evangélicas validarem a indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF). “Não fomos nós, líderes evangélicos, que pedimos ao presidente alguém para o STF. Antes das eleições, o presidente empenhou a palavra, decisão dele”, disse Silas Malafaia.
Ele chama o caso de “safadeza” de Davi Alcolumbre, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado. Também culpa Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, e Fernando Bezerra, líder do governo no Senado:
“Queria aproveitar e mandar uma mensagem também para o ministro Ciro Nogueira e para o líder do governo, Fernando Bezerra, que ninguém vai enganar a comunidade evangélica. E que não adianta jogo debaixo dos panos para botar alguém de interesses porque não vai dar certo”.
Com discurso parecido, Marco Feliciano diz que sabe de “acordo” para não aprovar o ex-ministro da Justiça. “Tem algo muito estranho acontecendo, pessoal. Nada se fala publicamente, mas nos corredores do Poder, que têm ouvidos e vozes, eu soube que já há uma espécie de acordo para não aceitarem o nome do doutor André Mendonça. Eu tomei conhecimento que já existe, inclusive, um outro nome no páreo”, afirma.
Feliciano ainda reclama que estão tentando fazer evangélicos de “palhaços”.
Nós evangélicos não somos palhaços! @jairbolsonaro
@davialcolumbre
@PastorMalafaia
@AmendoncaAGU pic.twitter.com/ANJRASWlzC— Marco Feliciano (@marcofeliciano) October 8, 2021
Malafaia defende Mendonça porque quer ser vice de Bolsonaro em 2022
Silas Malafaia quer ser vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022 e já até fez promessa sedutora: “100% dos evangélicos”, conforme apurou o DCM. Ele já começa a articular para o posto e conversa com aliados. Ele e Feliciano ameaçaram recentemente romper com o governo por conta da possibilidade de legalização dos “jogos de azar”. O caso de Mendonça se soma ao climão entre as lideranças evangélicas e o Planalto.
Malafaia, entretanto, mudou de comportamento. A ideia parece ser atacar os inimigos do governo.