Preso, Marcelo Costa Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), relatou detalhes importantes sobre seu envolvimento em uma fraude relacionada à falsificação do cartão de vacina do político. A investigação, conduzida pela Polícia Federal, revela detalhes preocupantes sobre sua participação no esquema.
Durante seu período como assessor de Bolsonaro, Câmara tomou conhecimento das doses falsas de vacina, surpreendendo-se com a situação e mandando “Cid desfazer a besteira que tinha feito”. Ele afirmou a interlocutores que o militar fez “tudo sozinho e sem autorização de ninguém”.
Apesar de tomar conhecimento da manipulação dos dados, Câmara optou por não denunciar, subestimando as consequências do ato. Ele próprio admite ter recebido a vacina contra a Covid-19.
A PF indiciou não apenas Câmara, mas também Bolsonaro e outras 15 pessoas por inserção de dados falsos e formação de organização criminosa. A investigação revela que Câmara teve seu e-mail vinculado à conta oficial do ex-chefe do governo, evidenciando sua participação nos eventos fraudulentos.
Segundo relatório da PF, os registros indicam que Câmara estava presente no Palácio do Alvorada no momento da alteração do e-mail, além da emissão do certificado de vacinação. Isso reforça a participação direta de Bolsonaro nos atos ilícitos, mesmo após o término de seu mandato.
Diante das evidências, o advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, argumentou à CNN Brasil que uma denúncia contra seu cliente revelaria a natureza política do processo, negando sua legitimidade jurídica.
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