O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) afirmou nesta sexta-feira (18) que não se arrepende do encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem dos elogios que fez ao petista.
Otoni participou na última terça-feira (15) da cerimônia que sancionou o projeto de lei que cria o Dia Nacional da Música Gospel, no Palácio do Planalto. Na ocasião, o parlamentar disse que, apesar de a maioria dos evangélicos não ter votado em Lula nas eleições de 2022, eles estão “entre os brasileiros mais beneficiados pelos programas sociais de seu governo”, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida.
“É preciso reconhecer programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida, o ProUni, entre outros. Esses programas atingem uma boa parcela de nós, evangélicos, um povo que faz parte da base da pirâmide social. Não se tratava de elogios, mas de um reconhecimento”, afirmou Otoni em entrevista à CNN Brasil.
O parlamentar, que se autodefine como “conservador, de direita e evangélico”, destacou que o PT enfrenta desafios ao se comunicar com o eleitorado religioso.
Segundo o deputado, o voto dos evangélicos é fundamentado em princípios e que, enquanto Lula estiver associado à “pauta identitária e progressista”, haverá resistência desse público.
“Enquanto Lula estiver envolvido com essa pauta (…), ele pode até ter reconhecimento, mas não terá o voto dos evangélicos. Eu reconheço Lula, mas não voto nele. Por que se envolver em questões que o afastam da igreja?”, questionou.