Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), afirmou à Polícia Federal que “houve um apagão total da inteligência” durante o ataque terrorista de 8 de janeiro em Brasília. Ele disse à corporação que “a PM não deve ter recebido as informações de que haveria uma manifestação daquele tamanho”. A informação é do portal Metrópoles.
Ao contrário do que disse o ex-comandante, entretanto, autoridades da área de segurança pública do DF foram informadas sobre a chegada de milhares de bolsonaristas no fim de semana. Um relatório da PF entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) mostrou que um tenente-coronel da PM fez ao menos cinco alertas a autoridades em um grupo de WhatsApp.
Havia sete pessoas no espaço: o coronel da PMDF Fábio Augusto Vieira; os policiais civis do DF Thiago Frederico de Souza Costa e Alberto Barbosa Machado Nunes Rodrigues; o então secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres; o secretário de Segurança substituto Fernando de Sousa Oliveira; a delegada da PF Marília Ferreira de Alencar, e o tenente-coronel Jorge Henrique da Silva Pinto.
O tenente-coronel começou a enviar alertas sobre a chegada dos terroristas em Brasília no dia 7 de janeiro, véspera do ataque.
No depoimento à PF, Barreto ainda disse que o comando do Exército “frustrou os planos” da PM de retirar o acampamento golpista instalado em frente ao quartel-general de Brasília. Ele foi preso na terça (7), por suspeita de omissão no planejamento dos atos.