O ex-deputado estadual Nilson Nelson Machado (63), preso por estuprar crianças, mudou de gênero e nome para tentar driblar a Polícia Federal. Conhecido como Duduco, ele mudou o nome para Catarina da Lapa inclusive em seus documentos e não avisou autoridades responsáveis pelo processo.

À Polícia Federal, Duduco negou que alguma vez na vida tenha se chamado Nilson Nelson, mas investigadores descobriram que ele supostamente passou por uma transição de gênero para fugir da condenação por estuprar crianças e adolescentes na creche que administrava em 2013.

O ex-parlamentar de Florianópolis (SC) estava foragido há cerca de um ano e foi encontrado no Rio de Janeiro. Agentes do Núcleo de Capturas da PF no Rio (Nucap/SO/Drex) encontraram o suspeito por meio de levantamentos de dados e trocas de informações.

Duduco foi condenado a 20 anos de prisão por abuso sexual contra crianças. A Justiça havia estabelecido um apena de 31 anos, 4 meses e 20 dias de prisão, mas a pena foi reduzida para 25 anos, 6 meses e 20 dias em 2019 e voltou a ser diminuída recentemente.

O mandado definitivo de prisão foi expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC). Segundo o processo, crianças denunciaram o ex-deputado, agora uma mulher trans, enquanto ele ainda se identificava com o gênero masculino e gerenciava um projeto social.

Ele recorreu da decisão e foi encaminhado a um sistema prisional após procedimentos de praxe. O ex-parlamentar ainda é chamado de Duduco por sua defesa, que informou que há um habeas corpus em curso em tribunais superiores para “desconstruir a injusta condenação”.

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