O ex-agente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Ricardo Rao, revelou que já recebeu inúmeras ameaças de morte, viu companheiros sendo assassinados e até teve uma arma apontada para sua cabeça. De acordo com ele, além de enfrentar criminosos ambientais, os agentes também são alvos de milícias, e de processo administrativos que se tornaram meios de constranger e silenciar funcionários ”indesejados”.
Envolto por ameaças, ele decidiu que não poderia mais ficar no Brasil, e atualmente vive na Roma. Em entrevista ao UOL ele contou que “A milícia controla hoje a Funai”, e continuou: “Sempre recebemos ameaças. Bruno recebeu, eu recebi e até minha mãe recebeu. Agora, a diferença é que as ameaças se cumprem. Quem faz a ameaça acha que pode matar. Afinal, o Bolsonaro falou, não é”.
Segundo ele, o órgão foi se desfazendo nas mãos do atual presidente, e a região passou a ser controlada por ameaças, milícias e mortes. Antes mesmo de Bolsonaro ser eleito de fato, apenas a ideia de sua vitória e seus discursos já impactavam o meio, resultando em um grande número de indígenas mortos.
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