Nesta quinta-feira (31), Joseph Biggs, ex-líder da extrema-direita e autodenominado organizador do grupo “Proud Boys”, apoiador de Trump, foi condenado a 17 anos de prisão por um juiz federal. Biggs foi considerado culpado de conspiração sediciosa relacionada ao violento ataque ao Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021.
Biggs afirmou ao juiz: “Eu sei que errei naquele dia, mas não sou um terrorista”. Oriundo da Flórida, ele serviu no Exército dos EUA por oito anos, recebendo licença médica em 2013. Mais tarde, trabalhou como correspondente do Infowars, um site de fake news gerenciado pelo teórico da conspiração Alex Jones.
Outras Sentenças dos Proud Boys e Defesas Jurídicas
Além de Biggs, outros quatro membros dos Proud Boys serão condenados separadamente em breve. Enrique Tarrio, residente em Miami, aguarda sua sentença para a próxima terça-feira. A defesa alega que o Departamento de Justiça dos EUA está responsabilizando injustamente seus clientes pelas ações de terceiros no ataque ao Capitólio.
Até agora, mais de 1 100 pessoas foram acusadas de crimes federais relacionados ao incidente, com mais de 600 já condenadas. A pena mais severa até o momento foi para Stewart Rhodes, fundador do grupo Oath Keepers, que recebeu uma sentença de 18 anos.
O Dia da Invasão e as Circunstâncias Envolvendo o Incidente
Em 6 de janeiro de 2021, apoiadores do então presidente Donald Trump invadiram o Capitólio, interrompendo a contagem oficial dos votos presidenciais e buscando impedir a confirmação de Joe Biden como presidente. A invasão ocorreu durante o debate no Senado e na Câmara sobre a aceitação dos resultados eleitorais do Arizona, um estado tradicionalmente republicano vencido por Biden.