No resort de luxo Mar-a-Lago, em Palm Beach, enquanto Donald Trump se preparava para celebrar sua vitória presidencial, três brasileiros tiravam uma selfie, entusiasmados com os planos políticos para o futuro do Brasil. Com informações de Fabíola Perez, do Uol.
Entre eles estavam o ex-ministro do Turismo de Jair Bolsonaro, Gilson Machado Neto, e seu filho, Gilson Machado Guimarães, ambos do PL. Sentados próximos ao palco onde Trump e sua equipe se encontravam, pai e filho “rezavam” pelo recém-eleito e acreditavam que a vitória poderia “trazer benefícios” ao Brasil. Na mesa ao lado, estava o deputado federal Eduardo Bolsonaro.
O contexto
Os três foram os únicos políticos brasileiros no evento, em uma viagem de quatro dias aos Estados Unidos, destinada a traçar estratégias para os próximos dois anos da extrema direita.
A presença de Gilson Machado e Eduardo Bolsonaro não foi apenas para comemorar a vitória de Trump, mas também para realizar encontros estratégicos, com almoços e jantares que discutiram planos para 2025 e 2026. “Voltaremos com força em 2026”, afirmou o ex-ministro.
Segundo pai e filho, o convite para o evento em Mar-a-Lago veio no ano anterior. Guimarães relata que possui uma relação próxima com a família Bolsonaro desde 2016 e que acompanhou de perto a trajetória de Bolsonaro. Gilson Machado Neto, conhecido como “sanfoneiro de Bolsonaro” por suas aparições em lives com o ex-presidente, tornou-se um dos aliados mais próximos de Bolsonaro.
O encontro simboliza o alinhamento político entre Trump e os políticos brasileiros. “Há um peso político e simbólico na presença deles ao lado de Trump, o que não se via desde que ele deixou a Casa Branca”, comenta Guilherme Casarões, cientista político da FGV.
O plano é replicar a estratégia de Trump e pressionar o STF para reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro. “O que ocorre nos Estados Unidos, acontece no Brasil”, afirma Machado Neto. Eduardo Bolsonaro também utilizou as redes sociais para reforçar esse paralelo.
Elon Musk, o ‘grande aliado’
Machado Neto destaca a importância das redes sociais na expansão do movimento, liderado por Eduardo Bolsonaro: “Ele não diz, ele determina”, comenta. Durante a viagem, Eduardo defendeu a ideia de fortalecer aqueles que defendem a liberdade de expressão.
O ex-ministro referiu-se ao apoio de Musk no embate com o ministro Alexandre de Moraes, após republicanos exibirem uma foto de Moraes no Congresso dos EUA, denunciando supostas tentativas do STF de silenciar a liberdade de expressão no Brasil. “Temos um grande aliado, Elon Musk”, afirmou Machado Neto.
Com “apoio total” do dono do X, Machado Neto pretende acionar o STF, buscando anistia para os envolvidos no 8 de janeiro e reverter a inelegibilidade de Bolsonaro.
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