Bolsonaro tem uma atração antiga por jóias, assaltos e rachadinhas. O episódio do aeroporto de Guarulhos, com o presente de R$ 16,5 milhões da Arábia Saudita, é só o mais recente da série.
Em 2018, matéria da Veja contou que sua ex-mulher, Ana Cristina Siqueira Valle, acusou-o e processou-o por, segundo ela, ter furtado um cofre que eles mantinham no Banco do Brasil, recheado de joias e dinheiro vivo, em outubro de 2007. Os bens eram avaliados em mais de R$ 800 mil.
A revista teve acesso ao processo de separação do casal. Na época, Ana Cristina fez um boletim de ocorrência. Na briga pela guarda do filho do casal, Bolsonaro declarava que a ex-mulher havia levado Jair Renan para fora do país e ela o acusava de furto.
O caso do cofre foi encerrado pela polícia sem desfecho. Ana Cristina foi chamada para depor duas vezes, mas não compareceu. Foi “convencida” a tanto. Grana, ameaça ou ambos.
Quando Jair Renan voltou, os dois resolveram a disputa de bens e o valor da pensão. O ano oficial do divórcio é 2008.
Ana Cristina foi para a Noruega com o menino depois de supostamente ser ameaçada de morte por Bolsonaro, relatou a Folha. Lá, ela falou sobre a situação com o vice-cônsul local.
Ela também afirmou que ele ocultou parte do patrimônio para a Justiça Eleitoral em 2006. Na época, Bolsonaro concorria ao cargo de deputado federal e declarou R$ 433.934, registrando um terreno, uma sala comercial, três carros e duas aplicações financeiras.
Ana Cristina incluiu na ação uma relação de bens e declaração do imposto de renda, que registrava três casas, um apartamento, uma sala comercial e cinco lotes. Em valores atuais, o patrimônio de Bolsonaro era de R$ 7,8 milhões.