Não há desculpa para o Senado não ter pedido a prisão do mentiroso Fabio Wajngarten a não ser a covardia do presidente Omar Aziz.
Está nas regras da casa. Aziz alegou não ser “carcereiro”. Conversa mole. Basta cumprir o regimento. É o que se espera dele e dos colegas.
Em 1999, Chico Lopes, ex-presidente do Banco Central, foi levado do Senado direto para a sede da Polícia Federal de Brasília.
Orientado pelos advogados, antes de responder a qualquer pergunta, Lopes se recusou a assinar um termo de compromisso que o colocava como testemunha das apurações da CPI dos Bancos.
A atitude foi interpretada como obstrução à Justiça e o presidente da comissão, senador Bello Parga (PFL-MA), se baseou nos artigos 330 (desobediência a servidor público em exercício da função) e 331 (desacato a autoridade) do Código Penal para enquadrar Lopes.
A primeira a dar ordem de prisão a Lopes foi Heloísa Helena (PT-AL). “Teje preso!”, falou. No fim da noite, os advogados de Chico Lopes pagaram uma fiança de R$ 300 e o libertaram.
Em 2004, o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, foi em cana após desacatar o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), presidente da CPI do Banestado.
Pitta recebeu voz de prisão de Antero quando prestava depoimentoque que investigava evasão de divisas que podiam chegar a US$ 30 bilhões por meio das chamadas contas CC-5.
Pitta se considerou ofendido ao ser questionado se era corrupto e retrucou indagando a Antero como se sentiria “se alguém perguntasse se ele continua batendo na sua mulher”.
Antero se declarou vítima de desacato à autoridade e mandou chamar a polícia.