O ex-secretário do Trabalho de Bill Clinton, Robert Reich, escreveu no jornal britânico The Guardian na sexta-feira que Elon Musk estava “fora de controle” e argumentou que ele precisava ser “posto na coleira”.

“Ele pode ser o homem mais rico do mundo. Ele pode ser dono de uma das plataformas de mídia social mais influentes do mundo. Mas isso não significa que não temos poder para detê-lo”, disse Reich, que fez uma lista de seis coisas que as pessoas poderiam fazer para controlar Musk.

Reich considerou a compra do Twitter por Musk, hoje conhecido como X, “um absurdo perigoso“. Ele argumentou que a compra de Musk era “apenas sobre poder”, e não sobre liberdade de expressão.

Reich pediu que as pessoas boicotassem a Tesla e a X e acrescentou: “Reguladores ao redor do mundo deveriam ameaçar Musk com prisão se ele não parar de disseminar mentiras e ódio”.

Reich argumentou que os reguladores globais podem já considerar prender Musk, citando o caso do CEO do Telegram, Pavel Durov, na França.

As alegações contra Durov incluem que sua plataforma está sendo usada para material de abuso sexual infantil e tráfico de drogas, e que o Telegram se recusou a compartilhar informações ou documentos com investigadores quando exigido por lei.

“Nos Estados Unidos, a Comissão Federal de Comércio deveria exigir que Musk retirasse mentiras que provavelmente colocariam indivíduos em perigo”, argumentou Reich. “Os direitos de liberdade de expressão de Musk sob a primeira emenda não têm precedência sobre o interesse público.”

O ex-secretário do Trabalho também sugeriu que o governo dos EUA rescindisse seus contratos com a Space X de Musk. “Por que o governo dos EUA está permitindo que os satélites e lançadores de foguetes de Musk se tornem cruciais para a segurança da nação quando ele demonstrou total desrespeito ao interesse público? Por que dar a Musk mais poder econômico quando ele repetidamente abusa dele e demonstra desprezo pelo bem público?”, questiona.

A sugestão final de Reich foi que os americanos “garantissem que o candidato favorito de Musk para presidente [Donald Trump] não fosse eleito”.