Ex-tucanos, agora ex-Livres, fizeram a cama para Bolsonaro. Por Fernando Brito

Atualizado em 6 de janeiro de 2018 às 6:48
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Publicado no Tijolaço

POR FERNANDO BRITO

Como os leitores e leitoras acompanham na mídia, a toda hora surgem tucanos incomodados com os tucanos já não serem tão tucanos que procura um partideco para, com sua alta cultura, formar um grupo de iluminados.

Foi o caso da D. Elena Landau, 25 anos de PSDB, privatista até a medula, que capitaneou em novembro o “Manifesto Tucanista” de apoio a Tasso Jereissati e ficou pendurada no ar com o acordo de caciques do partido.

Landau e a “tchurma”, então, foram se juntar ao “Livres”, convescote de pessoas vindas do Instituto Liberal, presidido pelo “liberalíssimo” Rodrigo Constantino, o intelectual que posa para fotos com o Pateta da Disneylândia e é parceiro do notório Instituto Millenium.

O Livres, por sua vez, abrigava-se dentro do PSL, de Luciano Bivar, um ex-dirigente do Sport Recife que ficou famoso por dizer que pagou para um jogador do clube ser convocado para a Seleção brasileira, nos tempos do técnico Emerson Leão.

Agora, a azarada Landau e seus tucanos “legítimos” levaram uma pernada e viram o “seu” PSL ser entregue por Bivar – não se sabe se com os critérios que ele usa para patrocinar as convocações de jogadores de futebol – a Jair Bolsonaro, que já tinha dado outra pernada nos “ex-PEN”, que viraram “Patriotas” e viram o seu símbolo pátrio, o ex-capitão, ir pedir outra cidadania partidária.

Levaram água para o moinho de Bivar, que agora ensaca o joio de Bolsonaro. E como Fernando Henrique do seu outono invernal, vira renitente ajudante de palco de Luciano Huck.

Se a turma da D. Landau tem, na economia, metade da capacidade que exibem em política, fica mais fácil entender o que fizeram nas privatizações do Governo Fernando Henrique, das quais ela foi uma das comandantes.

Os patriotas se deram mal e os livres foram passados para trás.