Roberto Mantovani Neto, filho e sócio de Roberto Mantovani Filho e Andréa Muntarão, o casal que agrediu o ministro Alexandre de Moraes e seu filho no Aeroporto Internacional de Roma, é fundador e proprietário desde 22 de julho de 2021 de um clube de tiro na cidade de Camboriú, na região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
O nome do estabelecimento é Hidden Shooting Range, ou, em tradução literal, “Estande de Tiro Oculto”, e fica na Estrada Geral do Braço, no bairro de mesmo nome.
O empreendimento da família faz jus ao nome. Discreto, não possui site na internet, não divulga anúncios nem tem placas na entrada. Conforme o DCM apurou, só frequenta o Hidden Shooting Range quem recebeu indicação e aval dos donos ou seus amigos próximos.
Roberto Mantovani Neto, ou Beto Mantovani, como é conhecido o empresário na socidade de Santa Bárbara do Oeste (cidade do interior de São Paulo de onde a família é originária), divide seu tempo entre a administração do clube de tiro e competições amadoras de kart. O piloto e atirador reside atualmente em Santa Catarina, ao contrário de seus pais e irmãos (Giovanni e Bruna Mantovani), mas todos são sócios entre si em uma série de empresas que compõem o elevado patrimônio da família.
Tanto Beto quanto seu pai são sócios de Bruna e Giovanni na RMantovani Administração de Bens LTDA, empresa do ramo imobiliário com mais de R$ 3 milhões em capital imobilizado.
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Ainda compõem o patrimônio familiar um posto de gasolina em Americana (SP) e uma empresa de gerenciamento de negócios, uma consultoria e uma fábrica de bombas hidráulicas em Santa Bárbara, além de uma empresa de participações (Silbene Administração E Participações Ltda) que é sócia de outra comercializadora de bombas hidráulicas, uma fazenda, uma construtora, um parque temático e uma indústria têxtil no município catarinense de Blumenau, vizinho a Camboriú.
Conforme o DCM apurou, porém, o vultuoso capital concentrado nas mãos da família não deverá evitar que os agressores do ministro Moraes e seu filho respondam na Justiça pelos crimes de calúnia e agressão em virtude dos atos que acharam por bem praticar em Roma.
O ministro representou à Polícia Federal pela apuração do episódio, e os envolvidos já estão sendo ouvidos pelas autoridades. O indiciamento seguido da abertura de processo penal contra os empresários deverá ocorrer ainda neste mês.