Se você tivesse um dólar furado e quisesse seguir meu conselho eu lhe diria para não apostar em João Doria. Especialmente se essa aposta tem relação com a candidatura do gestor à presidência pelo PSDB.
O DCM apurou que hoje é quase impossível o governador de São Paulo vencer a disputa marcada para novembro. Doria concorre com Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, Tasso Jereissati, Senador pelo Ceará, e Arthur Virgílio.
O estado do Paraná acendeu o sinal amarelo. O diretório abriu mão de apoiar Doria para referendar o nome de Eduardo Leite.
De concreto, o governador de São Paulo tem apenas 5 estados apoiando seu nome: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Leite tem hegemonia nas regiões Sul e Sudeste e Tasso domina os diretórios do Nordeste e região Norte, e ainda tem uma conversa tática com Arthur Virgílio para que, em caso de necessidade, o ex-prefeito de Manaus abra mão da disputa para apoiar o colega cearense.
Doria virou a figura mais adiada do PSDB nacionalmente.
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A ele os tucanos atribuem o desmonte do partido do ponto de vista de seus pilares programáticos e ideológicos, Tirou a sigla que se consagrou como opção da centro esquerda, ou social democracia, e levou para a extrema-direita irmã do bolsonarismo.
A criação do ‘Bolsodoria’ teve dois efeitos negativos contra o governador. Primeiro: consolidou o viés direitista num mundo em que está cada vez mais evidente a necessidade da presença do Estado em setores cruciais – veja a importância que o SUS tomou na pandemia.
O segundo efeito negativo do ‘Bolsodoria’ é ter colado na testa do gestor a pecha de traidor. Traiu o ex-governador Geraldo Alckmin tantas vezes que os tucanos até perderam a conta.
Doria está só e mal acompanhado
Uma prova de que você não deve apostar um centavo em Doria nas prévias do PSDB é a própria figura do governador. Ele é um representante isolado no PSDB. Não tem uma liderança sequer que dê sustentação à sua candidatura.