Exército abriu duas sindicâncias para investigar militares nos atos de 8 de janeiro

Atualizado em 10 de março de 2023 às 21:23
Comandante do Exército, general Tomás Paiva. Foto: Reprodução

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, pediu a abertura de duas sindicâncias (investigações internas) para apurar omissão ou participação de militares da ativa nos atos terroristas de 8 de janeiro. As investigações serão tocadas pelo Comando Militar do Planalto. Com informações do UOL.

As sindicâncias têm como objetivo mostrar que, sob o novo comando, o Exército não será conivente com eventuais condutas equivocadas de militares. Tomás Paiva foi nomeado para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em janeiro, após a demissão do general Júlio César de Arruda.

O general tem dito que os militares podem ser ouvidos como testemunhas nos inquéritos em andamento e podem ser investigados. Ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o comandante teria dito que não criaria obstáculos para que militares envolvidos nos atos antidemocráticos sejam julgados como civis.

Segundo integrantes do Alto Comando, Paiva tem afirmado que o resultado das investigações internas pode se somar às outras frentes de investigação.

Golpistas durante atos terroristas de 8 de janeiro. Foto: Evaristo Sá

Desde os atos golpistas, dezenas de militares da ativa passaram a ser investigados. A principal suspeita é de omissão, ao não agirem para impedir a invasão e depredação das sedes dos três Poderes.

Três Inquéritos Policial-Militares (IPMs) foram encaminhados pelo Ministério Público Militar ao STF. Um deles investiga a atuação da tropa do Exército de plantão no Planalto no dia da invasão.

Integrantes do Regime de Cavalaria de Guarda e do Batalhão da Guarda Presidencial, compostos por militares da ativa, estão sendo ouvidos. Outros dois inquéritos analisam insultos proferidos por militares contra colegas de farda de patente superior.

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