As Forças Armadas do Líbano reagiram pela primeira vez, nesta quinta-feira (3), à invasão de Israel em seu território, que já dura quase duas semanas. Em resposta a um ataque israelense a um posto militar libanês, as tropas abriram fogo contra soldados sionistas que já causaram mais de 1.900 mortes.
De acordo com o Exército do Líbano, o confronto ocorreu na região de Bint Jbeil, no sul do país. “Um soldado morreu depois que o inimigo israelense atacou um posto militar, e os militares responderam com disparos”, afirmou o Exército libanês em comunicado oficial.
A situação coloca ainda mais pressão sobre o já fragilizado Exército libanês, que enfrenta uma série de desafios estruturais e financeiros. Especialistas destacam que, após duas guerras e uma das mais graves crises econômicas do mundo, as Forças Armadas do Líbano estão mal equipadas e carecem de recursos suficientes para enfrentar uma força militar bem preparada, como o Exército de Israel.
Até o início da tarde desta quinta-feira, as Forças Armadas de Israel não haviam confirmado ou comentado o ataque ao posto militar libanês. Mas, antes disso, o governo sionista já havia declarado anteriormente que suas operações no Líbano têm como alvo exclusivo estruturas do Hezbollah, e não o Estado chefiado em Beirute em si.
Desde o início dos bombardeios israelenses ao Líbano, em 20 de setembro, o número de mortos no país já alcançou 1.974 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do país. Desse total, 127 eram crianças, e mais de 6 mil pessoas ficaram feridas. O número de vítimas já ultrapassa o balanço da guerra de 2006 entre Israel e Hezbollah, que teve um total de 1.191 mortos.
A nova fase do conflito foi marcada pela invasão terrestre de Israel, iniciada há pouco mais de uma semana. Nesta quinta-feira (3), dois novos bombardeios atingiram o centro de Beirute, matando nove pessoas e ferindo outras 14.
Durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, o representante interino do Líbano, Al-Sayyid Hadi Hashim, alertou sobre a grave crise humanitária enfrentada pelo país.
“O que está acontecendo agora, com essas mortes, pessoas desabrigadas e destruições sem precedentes, não pode ser mais tolerado ou ignorado”, afirmou. Hashim destacou que um milhão de libaneses foram forçados a deixar suas casas, além dos já presentes 2 milhões de refugiados sírios e 500 mil palestinos.
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