O Exército prorrogou por 20 dias o prazo para a conclusão do Inquérito Militar Policial (IPM) que apura a atuação de integrantes do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) nos atos terroristas promovidos por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de Janeiro.
De acordo com informações do jornal O Globo, a investigação foi aberta no dia 12 de janeiro pelo Comando Militar do Planalto (CMP) e visa averiguar se houve omissão, erros ou conveniência da tropa dentro do Palácio do Planalto.
O inquérito tinha prazo de término de 40 dias, no entanto, na última sexta-feira (17), o Exército solicitou ao Ministério Público Militar (MPM) a prorrogação do período para a conclusão alegando a “necessidade de diligências para a elucidação dos fatos”.
O ex-comandante do BGP, tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, é um dos principais alvos do inquérito. De acordo com imagens das câmeras do Planalto, Fernandes aparece discutindo com policias militares enquanto simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) destruíam o prédio.
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) suspeitam que o tenente-coronel tenha tido uma postura “leniente” durante os ataques terroristas. Ele deixou o comando do BGP antecipadamente. Vale destacar que a mudança ocorreu após a demissão do então comandante do Exército, general Júlio Cèsar Arruda.