Nesta segunda (6), o Ministério da Defesa publicou uma nota sobre o desaparecimento de Dom Philips e Bruno Araújo Pereira. A pasta afirmou que “as ações serão iniciadas mediante acionamento por parte do Escalão Superior”. Ou seja, o ministério tem condições de procurá-los, mas aguarda ordens.
“Em resposta a demanda sobre o caso do desaparecimento de um indigenista e um jornalista inglês na região amazônica, o Comando Militar da Amazônia (CMA) está em condições de cumprir missão humanitária de busca e salvamento, como tem feito ao longo de sua história, contudo as ações serão iniciadas mediante acionamento por parte do Escalão Superior”, diz o comunicado.
O correspondente do The Guardian e o indigenista foram vistos pela última vez a 850 quilômetros de Manaus. O desaparecimento foi divulgado nas redes sociais por Jonathan Watts, editor do veículo britânico. Ele pede ajuda a autoridades brasileiras e lembrou que Bruno estava sendo ameaçado de morte por pescadores e garimpeiros.
Eles viajavam pelo Vale do Javari, no Amazonas, com o objetivo de visitar a equipe de Vigilância Indígena e entrevistar alguns indígenas em Atalaia do Norte. Antes disso, entretanto, pararam na comunidade São Rafael para uma reunião com o líder comunitário do local, mas não chegaram ao destino final.
Segundo a Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), a última vez que foram vistos foi na comunidade São Gabriel e há relatos de que avistaram o barco deles saindo em direção a Atalaia do Norte.