O ministro das Comunicações, Fabio Faria, classificou o episódio do terrorista bolsonarista Roberto Jefferson (PTB) como crucial para a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com o titular da pasta, o chefe do Executivo ainda está “assimilando” o revés: “Ele é um ser político. Antes de ser presidente, ele ficou 28 anos como deputado. Saiu do baixo clero para virar presidente da República, algo que ninguém nunca tinha visto”.
“Eu acho que neste momento agora ele está assimilando, tentando entender o que aconteceu, o que ele vai fazer nos próximos dias para frente”, avaliou Faria em entrevista ao jornal Valor Econômico.
Segundo o ministro aliado de Bolsonaro, se Jefferson fosse preso, o ex-capitão teria a possibilidade de recuperar terreno e diminuir a sua rejeição junto ao eleitorado feminino.
“O presidente, ao longo da eleição, foi recuperando muita gente, foi diminuindo a rejeição. Naquele episódio do Roberto Jefferson, ele estava cruzando. Era o momento que estava fazendo o “x”. Ali, foi um momento crucial, porque foi uma semana antes da eleição”, disse.
“Ele já estava crescendo no voto feminino. Aí volta aquela questão do armamento, mostra um aloprado, que deu 20 tiros contra a polícia e foi colocado como apoiador [do Bolsonaro]”.