Facada em Bolsonaro: PF encerra caso Adélio e repete que ele agiu sozinho

Atualizado em 11 de junho de 2024 às 10:34
Adélio Bispo de Oliveira, autor de ataque contra Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

A Polícia Federal realizou nesta terça-feira (11) uma operação relacionada ao atentado a faca contra o então candidato Jair Bolsonaro (PL) durante a eleição de 2018. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, a operação encerra o caso de Adelio Bispo, responsável por esfaquear o ex-capitão.

De acordo com Andrei, a operação desta terça-feira visou um advogado de Adélio, que teve relações com o crime organizado comprovadas. No entanto, o diretor afirmou que esse advogado não teve relação com a tentativa de assassinato, conforme informações da Folha de S.Paulo.

“O advogado é ligado ao crime organizado. Mas [não há] nenhuma vinculação desse advogado com a tentativa de assassinato do ex-presidente. Nós informamos ao Judiciário, sugerindo o arquivamento dessa parte do inquérito”, disse Andrei. “Adélio agiu sozinho e a conclusão do inquérito”. Após a conclusão, a PF pediu o arquivamento do caso.

“Durante as diligências, foram cumpridos mandados de busca e apreensão para nova análise de equipamentos eletrônicos e documentos. Outros possíveis delitos foram descobertos, relacionados a um dos advogados de defesa do envolvido no ataque, mas sem qualquer ligação com os fatos investigados”, afirmou a PF em nota.

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Jair Bolsonaro é esfaqueado durante campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG) em 2018. Foto: reprodução

No último ano do governo Bolsonaro, a PF iniciou uma investigação sobre a relação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) com pagamentos para a defesa de Adélio.

Essa linha de investigação contradizia as conclusões anteriores e indicava uma tese considerada inconsistente pela atual direção da PF, que identificou fragilidades nos indícios apresentados. Até 2022, dois inquéritos haviam apontado que Adélio agiu sozinho.

Vale destacar que a PF, sob a gestão bolsonarista, passou a investigar a suposta relação do PCC com o caso após descobrir pagamentos de acusados de integrar a facção para um dos advogados que defendeu Adélio, pagamentos esses realizados dois anos após a tentativa de assassinato de Bolsonaro.

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