O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, deu 15 dias para que a Procuradora-Geral da República decida se oferece denúncia ou não contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro. O pai do deputado, o ex-governador do Rio César Maia, também é investigado no mesmo inquérito.
Fachin se baseou em relatório da Polícia Federal segundo o qual Rodrigo e César Maia receberam propina da Odebrecht. A acusação é pela prática do que a PF chama de “caixa 3”: as doações eleitorais que os investigadores dizem ser corrupção foram feitas por outras empresas, mas para beneficiar a Odebrecht.
A lavagem de dinheiro, para a PF, teria ocorrido com a utilização da cervejaria Petrópolis e das distribuidoras de bebidas como empresas interpostas da Odebrecht. A intenção seria ocultar a origem do dinheiro. O total pago, segundo a PF, foi R$ 350 mil — os valores foram declarados à Justiça Eleitoral.