O novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, tomou posse nesta terça-feira (22) com um discurso sobre “tolerância, a disposição para o diálogo e o compromisso inarredável com a verdade dos fatos” e “respeito ao escore das urnas”. Fachin que é integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ainda que é preciso “preservar o patamar civilizatório a que acedemos e evitar desgastes institucionais”.
Fachin assume presidência do TSE em meio a ataques do presidente Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. No ano passado, proposta do governo para implantar voto impresso foi rechaçado em massa pelos parlamentares.
“Assumo essa função atento, de imediato, aos árduos desafios da hora que vivemos. Nela, a esperança nos move em direção à cooperação pacífica entre as instituições; cumpre-nos, assim, preservar o patamar civilizatório a que acedemos e evitar desgastes institucionais. Esse patamar a que acedemos é, dentro do marco constitucional, um direito inalienável do povo. Dele retroceder é violar a Constituição”, declarou Fachin.
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Fachin defende instituições
Ainda nesta terça, ele disse que “os líderes e às instituições, portanto, toca repelir a cegueira moral e incentivar a elevação do espírito cívico e as condutas de boa-fé que abrem portas ao necessário comportamento respeitoso e dialógico.”
Ele falou ainda sobre o trabalho do segundo ministro, Alexandre Moraes, que assumirá o cargo em agosto.
“O segundo desafio é o de fortificar as próprias eleições, as quais, como se sabe, constituem a ferramenta fundamental não apenas a garantir a escolha dos líderes pelo povo soberano, mas ainda para assegurar que as diferenças políticas sejam solvidas em paz pela escolha popular. A democracia é, e sempre foi, inegociável”.