Chatterjee afirma que Madre Teresa, apesar de receber significativas doações financeiras para sua organização de caridade, não utilizava esses recursos para fornecer cuidados médicos adequados. Chatterjee relata que a religiosa desencorajava a busca por tratamentos, sugerindo que os pacientes aceitassem a morte.

“Ela não dava nenhum analgésico forte aos moribundos, mesmo nos casos mais extremos, e os cuidados não eram profissionais. Careciam da mais básica higiene, sofriam condições de tortura”, explicou ele.

Madre Teresa, que alegava ser contra o envolvimento político, teria apoiado regimes ditatoriais, como o do haitiano Jean-Claude Duvalier e o de Enver Hoxha na Albânia.

Em 1979, ao receber o Prêmio Nobel da Paz, Madre Teresa fez um discurso contra o aborto, afirmando que o uso de anticoncepcionais e a interrupção da gravidez iam contra a vontade divina. Ela declarou: “O maior destruidor da paz hoje é o choro da criança inocente não nascida.”

Em uma entrevista, Madre Teresa expressou que achava “bonito ver as pessoas morrerem com alegria”, mencionando que converteu mais de 29 mil pessoas em sua instituição para garantir que fossem aceitas no céu por São Pedro.

Doações questionáveis

Madre Teresa também foi criticada por aceitar US$ 1 milhão em doações de Charles Keating, um homem condenado por uma das maiores fraudes financeiras dos anos 1980. A religiosa não devolveu o montante e ainda compareceu ao tribunal para pedir misericórdia pelo condenado.

A autenticidade dos milagres atribuídos a Madre Teresa também foi questionada. Um caso, que envolvia a cura de um câncer, foi desmentido por especialistas, que revelaram que a pessoa na verdade tinha tuberculose e foi tratada adequadamente.

Outro caso, o de Monica Besra, uma mulher indiana, também foi contestado por autoridades locais. Em 2002, Partho De, ex-ministro da Saúde de Bengala Ocidental, rejeitou a alegação de intervenção divina no tratamento de Besra.