Falta de eletricidade pode transformar hospitais de Gaza em necrotérios, informa Cruz Vermelha

Atualizado em 12 de outubro de 2023 às 20:54
Feridos de Gaza são transportados por médicos. Foto: Abedelhakim Abu Riash/Al Jazeera

Nesta quinta (12), o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) emitiu um alerta preocupante sobre a situação na Faixa de Gaza, diante dos ataques israelenses, enfatizando os graves riscos para a população. A cidade palestina está sofrendo bombardeios de Israel, como forma de retaliação pelos foguetes que o grupo Hamas lançou sobre o território israelense, no último dia 7.

A organização humanitária advertiu que, devido à falta de eletricidade, os hospitais em Gaza estão em risco de se tornarem necrotérios. A entidade reconhecida por sua neutralidade destacou que, sem eletricidade, os hospitais não podem funcionar adequadamente, ameaçando a vida de recém-nascidos em incubadoras e pacientes que necessitam de tratamento com equipamentos elétricos, como máquinas de diálise renal e radiografia.

O CICV também expressou preocupação com a falta de acesso a água potável em Gaza e destacou que muitas famílias palestinas estão tendo dificuldades para encontrar água segura para suas crianças. O acesso à comida e combustível também está sendo diminuído na região após um “cerco total” anunciado pelo Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.

Logo do Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Foto: Divulgação/CICV

A organização reconheceu que, embora denuncie a situação dos palestinos, também reconhece a preocupação de muitas famílias israelenses com seus entes queridos que foram feitos reféns. A tomada de reféns é proibida pelo direito humanitário internacional, e a organização está dialogando com representantes do Hamas e de Israel para facilitar qualquer libertação e manter contato entre reféns e suas famílias.

O alerta do CICV destaca a importância de abordar a situação no Oriente Médio com urgência para amenizar o sofrimento das pessoas afetadas pela guerra no Oriente Médio. Desde o início dos contra-ataques israelenses, mais de 340 mil palestinos ficaram desabrigados e 1,4 mil morreram.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link