A família do indigenista Bruno da Cunha de Araújo Pereira, que está desaparecido há dois dias na região do Vale do Javari, na Amazônia, junto com o jornalista inglês Dom Philips, emitiu uma nota, nesta terça-feira (7), pedindo às autoridades que “deem prioridade e urgência” na busca por eles.
Segundo o texto, a família está angustiada com a falta de notícias, mas tem esperança de que tenha sido apenas algum acidente de barco e que eles estejam à espera de socorro.
A nota é assinada pela companheira de Bruno, Beatriz de Almeida Matos e por seus irmãos, Max da Cunha Araújo Pereira e Felipe da Cunha Araújo Pereira.
Veja a nota na íntegra
Nota à imprensa da família de Bruno da Cunha de Araújo Pereira
Já são 48 horas de angústia à espera de notícias sobre Bruno Pereira e Dom Philips, que desapareceram no domingo quando viajavam no Vale do Javari, Amazonas. Durante todo o dia de ontem, tivemos poucas informações sobre a localização deles, o que tem aumentado este sentimento. Mas também temos muita esperança de que tenha sido algum acidente com o barco e que eles estejam à espera de socorro. Mantemos orações e agradecemos o apoio de familiares e amigos. Contudo, em virtude de mais de 48 horas do desaparecimento do nosso Bruno e seu companheiro de viagem Dom Phillips, apelamos às autoridades locais, estaduais e nacionais que deem prioridade e urgência na busca pelos desaparecidos. Compreendemos que Bruno possui vasta experiência e conhecimento da região, porém, o tempo é fator chave em operações de resgate, principalmente se estiverem feridos. É fundamental que buscas especializadas sejam realizadas, por via aérea, fluvial e por terra com todos os recursos humanos e materiais que a situação exige. A segurança dos indígenas e equipes de busca também precisa ser garantida.
Bruno é um dedicado servidor público federal pela FUNAI e muito apaixonado e comprometido com seu trabalho. Pai amoroso de duas crianças e uma moça lindas, Bruno é filho, marido, irmão e amigo, ele leva essa paixão para sua jornada toda vez que entra na mata com o propósito de ajudar o próximo. Pedimos às autoridades rapidez, seriedade e todos os recursos possíveis para essa busca. Cada minuto conta, cada trecho de rio e de mata ainda não percorrido pode ser aquele em que eles aguardam por resgate.
Beatriz de Almeida Matos (companheira de Bruno)
Max da Cunha Araújo Pereira (irmão de Bruno)
Felipe da Cunha Araújo Pereira (irmão de Bruno)