Farsa sobre Boulos e o PCC leva oposição a pedir impeachment de Tarcísio

Atualizado em 30 de outubro de 2024 às 20:37
Em coletiva, Tarcísio associa o PCC a Boulos no dia da eleição. Bruno Santos/Folhapress

Deputados estaduais protocolaram nesta quarta-feira (30) um pedido de impeachment contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

A ação ocorre após o aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) associar o deputado federal e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSol), ao Primeiro Comando da Capital (PCC) no dia da votação do segundo turno das eleições municipais.

O pedido foi protocolado em conjunto pelas federações PT/PCdoB e PSOL/Rede. Segundo os deputados, Tarcísio usou seu cargo para beneficiar o prefeito Ricardo Nunes (MDB), reeleito no último domingo (27).

No pedido, os parlamentares argumentaram que o governador não apresentou provas sore as declarações nem levou o caso à Justiça Eleitoral. Os deputados ainda destacaram que Tarcísio não poderia ter utilizado a estrutura do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo, para fazer tal comunicado.

Candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), durante caminhada no Largo Treze, em Santo Amaro. Foto: Divulgação

 

“Entendemos que há responsabilidade do governador. Se fosse verdade, ele deveria ter formalizado para as autoridades competentes, o que não aconteceu. Há crime de responsabilidade e a Assembleia precisa avaliar isso”, afirmou Paulo Fiorilo (PT), líder da bancada da federação PT, PCdoB e PV.

Os deputados também já prepararam uma representação contra Tarcísio para enviar à Procuradoria-Geral da República (PGR).

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