Farsas em série viram alvo da imprensa internacional contra Elon Musk e o X no Brasil

Atualizado em 31 de agosto de 2024 às 19:45
Elon Musk e Alexandre de Moraes. Foto: Divulgação

Na sexta-feira (30), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a suspensão do X Brasil, como resposta ao não cumprimento das exigências legais impostas a Elon Musk, proprietário da rede social. A decisão gerou uma onda de repercussões internacionais, com a imprensa global criticando o bilionário e elogiando a postura do ministro.

O ‘The New York Times’ destacou o confronto entre o Brasil e Musk com a manchete: “Brasil bloqueia X após Musk ignorar ordens judiciais”. O jornal norte-americano ressaltou que o bilionário enfrenta um desafio significativo no Brasil, comparado a outros conflitos legais internacionais que enfrentou. “Ele encontrou um desafio formidável no juiz Moraes”, afirma a reportagem.

Já o ‘The Washington Post’ adotou um tom crítico em relação a Musk, com o título “Musk e Durov enfrentam a vingança dos reguladores”. O veículo abordou como ele está arriscando um dos maiores mercados do X para defender Jair Bolsonaro e seus apoiadores, que teriam divulgado falsas narrativas de fraude eleitoral antes da candidatura do presidente de direita à reeleição em 2022.

X, antigo Twitter. Foto: Divulgação

O ‘The Guardian’, em duas reportagens, também criticou Musk. As manchetes “X sai do ar no Brasil após recusa de Elon Musk em cumprir leis locais” e “Elon Musk está fora de controle. Veja como controlá-lo” destacaram a postura do bilionário e apoiaram a decisão de Moraes. O jornal britânico analisou as ações de Musk e defendeu a decisão brasileira.

Por sua vez, o ‘Le Monde’ abordou a suspensão do X com uma perspectiva crítica. O jornal francês publicou a manchete “Supremo Tribunal Federal do Brasil aumenta tensão com Musk após suspender X”. A reportagem descreveu a decisão como “brutal”, mas previsível, e comentou que Moraes, uma figura controversa para a extrema-direita brasileira, é responsável por investigações significativas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus associados.

O Le Monde explicou que essas investigações envolvem a disseminação de informações falsas e a existência de “milícias digitais” no Brasil, que usam plataformas de mídia social para propagar suas mensagens.