Fãs de Taylor Swift acusam produção de dar Rivotril para quem passava mal por calor

Atualizado em 18 de novembro de 2023 às 14:59
Taylor Swift em show do The Eras Tour

Os efeitos da suposta má organização do show de Taylor Swift na sexta (17) continuam a ser divulgados pelas redes sociais. Dessa vez, fãs da cantora norte-americana que estiveram na primeira apresentação do estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, revelaram que foram orientados a tomar Rivotril pela equipe de atendimento.

Os profissionais de saúde teriam identificado ansiedade na condição dos fãs. Muitos passaram mal, na verdade, por causa do calor no local que superou os 60 graus. Uma delas foi Bel Rodrigues, que é streamer e produtora de conteúdo. Ela contou seu relato em uma rede social.

“A mulher simplesmente disse que tava ficando meio lotado e que ia me dar um clonazepam sublingual pra EU ME ACALMAR. Eu não precisava de calma, precisava de ajuda”, revelou. Ainda ontem, clonazepam (que é o nome do princípio ativo do rivotril) chegou ao trending topics do X (antigo Twitter) por conta do relato de outros fãs de Taylor Swift que tiveram no show.

Confira os tuítes:

 

Tapumes no estádio do show de Taylor Swift impediram circulação do ar

Os tapumes no Estádio Olímpico Nilton Santos, o Engenhão, onde ocorreu o show da cantora Taylor Swift, impediram a circulação do ar e prejudicaram a experiência do público presente no local, que enfrentou uma sensação térmica que beirava os 62 °C.

Vale destacar que Ana Clara Benevides Machado, fã da cantora estadunidense, morreu durante a 2ª música da apresentação. De acordo com a Prefeitura do Rio, ela teve uma parada cardiorrespiratória e foi encaminhada ao Hospital Municipal Salgado Filho às 20h50. Infelizmente, apesar das tentativas de reanimação, não resistiu. Além da morte de Ana, cerca de mil fãs da artista desmaiaram.

O internauta Igor Paiva, que esteve no show, apontou alguns pontos negativos da organização do evento.

Confira o fio na íntegra: 

A T4F hoje conseguiu arruinar a experiência de muita gente que pagou (caro) para experimentar a primeira noite da #TheErasTourBrasil – vou te contar como, e ainda mais diante do forte calor do Rio e da sensação térmica que beirou os 62 °C

Os fãs se organizaram para as filas de entrada que eram acompanhadas por pessoas despreparadas para dar as informações mais básicas para quem precisava entender onde ir. A fila dos portões de misturavam e ninguém sabia ao certo onde tava indo.

Em todos os portões de acesso, os fãs que ficaram na fila para garantir lugares bons, acabaram deixando todo lixo pra trás. E mesmo aqui culpo a T4F, por quê? Porque uma empresa desse porte poderia muito bem ter vendido entradas com cadeiras numeradas; o que facilitaria a vida do fã e da organização do estádio.

Esse é o padrão nos EUA: todos os lugares, inclusive da Pista, são marcados. Penso que no Brasil evita-se fazer isso para conseguir colocar o máximo de pessoas possível dentro de um local.

O Estádio Olímpico Nilton Santos possui em sua estrutura vãos e áreas para promover a circulação do ar nas arquibancadas e nas pistas. Todas elas estavam cobertas por tapume, o que prejudicou – e muito – a ventilação do ambiente. Mesmo com uma temperatura mais amena do lado de fora, quem tava no show chegou a experimentar a sensação térmica de 62 °C.

Proíbem os fãs de levarem águas, garrafas e outros recipientes de líquidos – o que eu entendo, porque essa é uma prática bem comum a nível mundial. Porém, não havia nenhum bebedouro de fácil acesso. Quem não conseguisse pagar R$ 8,00 no copo de água de 350 ml, passou sede ou precisou de ajuda da Taylor Swift que distribui água para a plateia.

Inúmeras pessoas tiveram dificuldades de acesso por conta de ingressos com problemas, o que acaba atrasando – e muito – a entrada dos fãs no show. Ao não coibir o cambismo, a produtora acaba dando um tiro no próprio pé.

Não sei como vai ser a noite dois, e estou apreensivo pela minha saúde e de outros swfities pois (1) passei mal no show de hoje e precisei sair durante “marjorie”, e (2) amanhã o clima promete ser mais severo do que hoje com máxima de 42 °C.

Uma tristeza: ser fã no Brasil é pedir pra sofrer.

Esqueci de contar isso: os tapumes serviam para separar as seções do estádio e para delimitar a área de vendas de alimentos. Passando mal, ao me dirigir para uma placa de saída, fui escorraçado porque aquela saída era “somente de funcionários”. E não tinha outras saídas pq estava tudo cheio de tapume. Essa é a melhor forma de separar seções em um estádio?

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