Em comunicação de ocorrência policial (COP), os cinco agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, assassinado na quarta-feira (25), sufocado em uma viatura da corporação transformada em “câmara de gás” em Umbaúba, disseram que o caso foi uma “fatalidade desvinculada da ação policial legítima”.
Eles afirmam, no comunicado, que empregaram “legitimamente o uso diferenciado da força”, registrando que foram usados gás de pimenta e gás lacrimogêneo para “conter” a vítima.
Assinado pelos policiais rodoviários federais Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Adeilton dos Santos Nunes, William De Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas, o documento ainda atribui a Genivaldo supostos “delitos de desobediência e resistência”.
“Por todas as circunstâncias, diante dos delitos de desobediência e resistência, após ter sido empregado legitimamente o uso diferenciado da força, tem-se por ocorrida uma fatalidade, desvinculada da ação policial legítima”, diz a COP.
Os policiais alegam ainda que “devido à reiterada desobediência aos comandos legais” e em função da “agitação” de Genivaldo, foi “necessário realizar sua contenção”.
“Diante disso, a equipe necessitou utilizar técnicas de imobilização, sem êxito, evoluindo para o uso das tecnologias de menor potencial ofensivo, com o uso de espargidor de pimenta e gás lacrimogêneo, únicas disponíveis no momento”, diz trecho do documento.