“Fatalidade”, dizem agentes da PRF sobre morte de Genivaldo em “câmara de gás”

Atualizado em 27 de maio de 2022 às 14:07
Agentes da PRF matam homem sufocado

Em comunicação de ocorrência policial (COP), os cinco agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, assassinado na quarta-feira (25), sufocado em uma viatura da corporação transformada em “câmara de gás” em Umbaúba, disseram que o caso foi uma “fatalidade desvinculada da ação policial legítima”.

Eles afirmam, no comunicado, que empregaram “legitimamente o uso diferenciado da força”, registrando que foram usados gás de pimenta e gás lacrimogêneo para “conter” a vítima.

Assinado pelos policiais rodoviários federais Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Adeilton dos Santos Nunes, William De Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas, o documento ainda atribui a Genivaldo supostos “delitos de desobediência e resistência”.

“Por todas as circunstâncias, diante dos delitos de desobediência e resistência, após ter sido empregado legitimamente o uso diferenciado da força, tem-se por ocorrida uma fatalidade, desvinculada da ação policial legítima”, diz a COP.

Os policiais alegam ainda que “devido à reiterada desobediência aos comandos legais” e em função da “agitação” de Genivaldo, foi “necessário realizar sua contenção”.

“Diante disso, a equipe necessitou utilizar técnicas de imobilização, sem êxito, evoluindo para o uso das tecnologias de menor potencial ofensivo, com o uso de espargidor de pimenta e gás lacrimogêneo, únicas disponíveis no momento”, diz trecho do documento.