Militares do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) estão entre os doadores que transferiram dinheiro via Pix para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante uma campanha que arrecadou aproximadamente R$ 17 milhões.
Recentemente, os nomes desses militares chegaram ao conhecimento de figuras influentes do governo Lula (PT), resultando na perda de cargos dos simpatizantes de Bolsonaro no GSI, que foram então enviados de volta aos seus quartéis, conforme informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
As doações via Pix começaram depois que aliados de Bolsonaro iniciaram uma campanha de arrecadação nas redes sociais, alegando que o objetivo era ajudar o ex-capitão a pagar multas e outras despesas decorrentes de processos judiciais.
O GSI chamou a atenção pública após os atos terroristas promovidos por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. A cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apontou que a equipe do general Gonçalves Dias, então chefe do GSI e aliado de Lula, teria facilitado o acesso dos invasores ao Palácio do Planalto.
Em consequência, Lula demitiu Gonçalves Dias, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), incluiu o general entre os investigados em um inquérito ainda em curso.
Contudo, o governo petista tenta minimizar a responsabilidade do general, atribuindo, nos bastidores, a falha aos membros do GSI que são críticos do atual mandatário e que poderiam ter sabotado o esquema de segurança.
Vale destacar que o Gabinete de Segurança Institucional é um órgão da Presidência da República, responsável por fornecer assistência direta ao presidente no desempenho de suas funções, especialmente em questões militares e de segurança. A estrutura do GSI é composta majoritariamente por militares, mas também inclui civis nomeados.