Feira de universidades israelenses na Unicamp é cancelada após protestos

Atualizado em 3 de abril de 2023 às 23:57
Ato de grupos contrários à feira de universidades israelenses na Unicamp. Foto: Thayla Ramos

A “Feira das Universidades Israelenses” na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em Campinas (SP), foi suspensa na tarde desta segunda-feira (3) após um ato de grupos contrários ao evento. Com informações do g1.

A fachada do prédio da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) – local em que a feira seria realizada – foi pichada pelos manifestantes com a frase “Palestina Livre” e “Unicamp – território livre de apartheid”. A manifestação foi liderada pela Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) e pela Juventude Palestina (Sanaud).

O evento virou motivo de impasse desde a semana passada, quando houve a divulgação por e-mail aos estudantes.

Na última terça-feira (28), o reitor Antonio José de Almeida Meirelles comunicou que a feira estava mantida em sessão do Conselho Universitário, órgão que faz as principais deliberações da instituição.

Fachada da Comvest. Foto: Thayla Ramos

Em nota, a reitoria da Unicamp confirmou que o evento precisou ser cancelado “por força de manifestações contrárias à sua ocorrência”. “A Unicamp ressalta que o direito à livre manifestação será garantido desde que essas sejam realizadas de forma pacífica e desde que não haja o impedimento de atividades acadêmicas devidamente autorizadas pelas instâncias decisórias da Universidade”, disse a universidade.

A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) divulgou nota de repúdio e afirmou que houve violência durante os protestos contra a realização da feira.

“A Federação Israelita do Estado de São Paulo repudia a ação marginal dos manifestantes e afirma que a Unicamp é um espaço democrático que, inclusive, mantém seis convênios com universidades israelenses, sempre trabalhando no sentido de fazer a cooperação mútua entre os dois países. A violência é a marca principal de algumas das manifestações pró-Palestina pelo mundo, aqui no Brasil não podemos admitir que isso aconteça”, citou a Fisesp em um trecho da nota.

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