Após a divulgação das denúncias de assédio sexual feitas contra Pedro Guimarães, até então presidente da Caixa Econômica Federal, a Fenae (A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal) se manifestou, expressando imensa indignação com o caso e pedindo a investigação urgente do que foi relatado pelas mulheres.

Em nota, ela comunicou a exigência do afastamento de Guimarães, que está, inclusive, em processo de investigação pelo MPF (Ministério Público Federal), em respeito à segurança das funcionárias e funcionários da empresa, além de manifestar solidariedade às vítimas.

“A Fenae se solidariza e está à disposição de todas as trabalhadoras que fizeram a denúncia. Esse caso é estarrecedor e, por isso, Pedro Guimarães deve ser afastado”, afirma Sergio Takemoto, presidente da federação. “As empregadas e os empregados da Caixa, que tanto contribuem para a construção dessa empresa, merecem respeito. Não toleramos qualquer violência contra as mulheres”, concluiu.

”Vemos a força desse caso, que ganhou repercussão nacional e demanda a saída imediata de Pedro Guimarães da presidência da Caixa. Nós, mulheres da Fenae, nos solidarizamos com todas as vítimas”, manifestou a diretora de Políticas Públicas do órgão, Rachel Weber.

Entretanto, hoje (28) foi anunciado pela Folha de S. Paulo que já foi escolhido um substituto para o cargo de Guimarães, a secretária especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques. Ela é o braço direito do ministro da Economia, Paulo Guedes.

A expectativa é que o até então presidente seja demitido do posto até 15h desta quarta-feira, antes de Bolsonaro participar do debate na CNI (Confederação Nacional da Indústria). A escolha do chefe do Executivo para a vaga é vista como uma forma de melhorar sua imagem com o público feminino, um dos que mais o rejeita segundo pesquisas de intenção de voto para as eleições deste ano.

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