Após protagonizar uma polêmica na semana passada por não ter se vacinado com o imunizante da AstraZeneca por receio dos efeitos colaterais, a atriz Fernanda Torres postou em suas redes sociais um texto dando a sua versão dos fatos e uma foto mostrando o momento no qual imunizava-se com a vacina da Pfizer.
Leia a explicação de Torres, publicada em seu Instagram:
Eu tive COVID em dezembro, uma doença insidiosa, que começa quando o quadro viral termina. 14 dias depois da infecção, tive uma alta súbita do D-Dímero, tomei anti-coagulante, o marcador baixou, mas até hoje não retornou ao nível normal.
Tenho casos de trombose na família e mesmo sabendo do risco ínfimo, mais do que ínfimo, da vacina da Astrazeneca, procurei pela Pfizer nos postos, cuja chegada ao Brasil havia sido anunciada nos jornais dois dias antes da minha data de vacinação.
Fui como qualquer cidadão, não tive informação privilegiada e não pedi que alguém checasse no meu lugar porque achei que aquele era um ato que cabia a mim.
Também não furei fila ou forjei atestados. O fato tornou-se público e contribuiu para alimentar o negacionismo, criando uma desconfiança infundada em torno da Astrazeneca, uma vacina extremamente eficaz e segura.
Minha mãe tomou a segunda dose da Astrazeneca há um mês, meu irmão tomou Astrazeneca, bem como o meu enteado transplantado. Hoje, em respeito à Fio Cruz, com toda a segurança, tomei a primeira dose da vacina Astrazeneca.
Esperei muito por essa hora e estou feliz e aliviada de ela ter chegado. Continuarei usando máscara e mantenho o distanciamento social, até que o Brasil alcance uma taxa de vacinação compatível com o retorno a uma vida próxima do normal.
Por último, gostaria de ressaltar o excelente trabalho que vem sendo feito pela secretaria de saúde da cidade do Rio de Janeiro, no sentido tanto de adiantar o calendário, quanto de distribuir as vacinas disponíveis de maneira justa, por todas as regiões da cidade, sem preferência de cor, credo ou classe social.
Sei, na pele, que mesmo na forma branda a COVID é uma doença misteriosa, ainda desconhecida, que deixa sequelas.
A melhor escolha é a vacinação.