O ministro da Justiça André Mendonça mandou a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República investigarem uma charge postada Ricardo Noblat no Twitter associando Bolsonaro ao nazismo.
No desenho, o presidente aparece com um pincel preto acrescentando traços à cruz vermelha que simboliza um hospital, transformando-a, assim, em uma suástica.
Mendonça citou a lei que trata dos crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, em especial seu art. 26, que fala do crime de “caluniar ou difamar o Presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação”.
É censura casuística num momento em que Bolsonaro está acuado pelo STF.
Ele nunca se incomodou de fato com comparações com o führer.
Em 2011, manifestantes fizeram protesto na Câmara com cartazes em que ele aparecia como Hitler.
O sujeito fez piada.
“Ficaria bravo se tivesse brinquinho, batom na boca e eles usassem isso em uma passeata gay”, disse Bolsonaro ao G1.
Segue a matéria:
O deputado do PP circulou com o cartaz na mão pelo plenário da Casa e pelo Salão Verde durante a sessão desta quarta. Ele negou que pretendesse adotar alguma medida contra os manifestantes.
“Não vou colar o cartaz na parede do gabinete. Só estou com ele aqui para mostrar. Se fosse eu, seria quebra de decoro, mas como são eles, pode”, afirma Bolsonaro.
Alçado ao centro do noticiário nacional por manifestar opiniões consideradas racistas e homofóbicas por movimentos sociais, Bolsonaro voltou a analisar a polêmica. “O cara vai pra passeata gay, grita o orgulho gay, aí você chama de veado e o cara fica bravo.”
Sobre os protestos ocorridos na tarde desta quarta, no Anexo 2 da Câmara, onde ficam as comissões, Bolsonaro disse que é fácil fazer protesto de tarde, quando todo mundo deveria estar trabalhando.
“Marca um protesto para 8h da manhã para ver se alguns desses aparece. Pode ver a hora que os crimes contra esses bichas acontece. É sempre de madrugada”, disse.
O parlamentar do PP afirmou ainda que não tem medo de ameaças ou de protestos. Ele diz ter porte de arma, mas afirma que não pretende andar armado. “Tenho arma, tenho porte, porque era militar, mas não uso porque não acho necessário.”