Ficha de mortes e diz que rico tem que ser melhor tratado que pobre; conheça PM novo vice-prefeito de SP

Atualizado em 27 de outubro de 2024 às 22:06
Ricardo Mello Araújo. Foto: Divulgação

Ricardo Mello Araújo, coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo, recentemente eleito vice-prefeito de São Paulo na chapa do prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB), traz uma trajetória marcada por controvérsias. Conhecido por seu histórico como comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) entre 2017 e 2019, ele é agora figura central no cenário político paulista, enfrentando um histórico de disputas internas e desafios de imagem.

Mello Araújo, de 53 anos, ingressou na política com o respaldo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Sua entrada na chapa de Nunes foi uma condição imposta por Bolsonaro ao PL em troca de não lançar um candidato próprio, consolidando Mello como representante do bolsonarismo na capital paulista.

Segundo o próprio coronel, ele aceitou o convite após insistência de Bolsonaro, apesar de sua hesitação inicial. Durante a campanha, o ex-presidente chegou a pedir votos para o emedebista, mas sua presença na reta final foi discreta.

A chegada de Mello ao cenário político ocorre em meio a uma rivalidade notória com o capitão da reserva Guilherme Derrite (PL), atual secretário estadual da Segurança Pública. Embora ambos evitem conflitos públicos, nos bastidores a disputa de influência é evidente.

Bolsonaro e Mello Araújo. Foto: Divulgação

Derrite, que ocupa um cargo de alto perfil na administração estadual de Tarcísio de Freitas (Republicanos), preferiu não se envolver na campanha de Nunes, alimentando especulações de que a omissão seria uma resposta por não ter sido escolhido vice pelo ex-presidente.

Ao longo de sua carreira, Mello Araújo se envolveu em episódios polêmicos. Como comandante da Rota, foi responsável por diversas operações de segurança que resultaram em mortes durante confrontos, justificadas pelo coronel como legítima defesa.

Além disso, seu histórico inclui uma gestão controversa à frente da Ceagesp, entre 2020 e 2023, onde afirma ter combatido corrupção e problemas estruturais. No entanto, sindicalistas contestam sua atuação, alegando que ele teria militarizado o espaço e perseguido funcionários.

Em 2017, Mello Araújo fez declarações controversas ao defender abordagens diferentes da PM em bairros nobres e na periferia, o que foi amplamente criticado e explorado como pauta de oposição em sua campanha. Sobre o caso, Mello Araújo afirma ter se arrependido e reconhecido a necessidade de “cuidado com as palavras”.

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