Filha de médico morto usado em laudo fake quer Marçal inelegível no dia da eleição

Atualizado em 6 de outubro de 2024 às 13:57
A médica Aline Garcia de Souza (foto em destaque), afirma que seu pai, que já faleceu, nunca trabalhou na clínica Mais Consulta no Jabaquara, zona sul da capital, e, portanto, não atestou o falso atendimento de Boulos. Foto: Reprodução

Carla Maria de Oliveira e Souza, filha de José Roberto de Souza, médico que teve sua assinatura falsificada em um laudo que vinculava Guilherme Boulos ao consumo de cocaína, entrou com uma ação popular contra Pablo Marçal. A ação foi ajuizada na 13ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, pedindo a inelegibilidade liminar do candidato, que divulgou o documento forjado durante sua campanha para a Prefeitura de São Paulo.

O principal pedido de Carla é que a justiça declare a inelegibilidade de Pablo Marçal de forma antecipada, ou seja, antes mesmo do fim do processo judicial. A ação busca impedir que Marçal participe das eleições deste domingo (6) por conta da falsificação do laudo médico, o que, segundo a acusação, configura crime de falsidade de documento público.

O advogado Gabriel de Britto Silva, especialista em direito coletivo, explicou que a ação popular é um mecanismo constitucional que permite a qualquer cidadão contestar atos ilícitos que prejudicam a moralidade administrativa e os princípios da administração pública. Segundo ele, será responsabilidade do Juízo cível decidir se tem competência para julgar o caso e, em caso positivo, avaliar de forma urgente o pedido de inelegibilidade.

Pablo Marçal (PRTB) insinuando que Guilherme Boulos (PSOL) seria usuário de cocaína. Foto: reprodução

A acusação de Carla Maria contra Marçal intensificou o clima tenso que já rondava as eleições municipais em São Paulo. O falso laudo médico divulgado por Marçal gerou fortes reações no meio político, com aliados de Guilherme Boulos e do atual prefeito, Ricardo Nunes, condenando o ato. A repercussão negativa também foi notada entre políticos da direita, como Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, que pediram explicações e sugeriram medidas mais duras contra o candidato.

Enquanto Marçal segue na disputa pela prefeitura, o processo judicial aberto pela filha do médico coloca ainda mais pressão sobre sua campanha. Aliados de Boulos e de Nunes acreditam que a divulgação do laudo falso pode ser um “tiro no pé” para Marçal, comprometendo sua credibilidade nas urnas e, possivelmente, sua participação no pleito.

Com a votação marcada para este domingo, a expectativa é que a Justiça decida rapidamente sobre o pedido de inelegibilidade, trazendo desdobramentos decisivos para o futuro de Pablo Marçal na política e para o rumo das eleições em São Paulo. As informações são do portal Metrópoles.

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