Virou moda: toda vez que um artista medíocre quer ganhar mais seguidores e projeção nas redes sociais, ele arranja uma briga com Anitta. O sertanejo Zé Neto foi o que mais recentemente usou essa estratégia, que às vezes até dá certo, mas é desprezível de todo modo.
Aproveitam que a mídia não tira o nome da mulher das manchetes, e armam um barraco encenado pra surfarem na onda do sucesso alheio.
Absolutamente do nada, durante um show com sua dupla Cristiano, Zé Neto atacou a cantora: “Estamos aqui em Sorriso, no Mato Grosso, um dos estados que sustentaram o Brasil durante a pandemia. Nós somos artistas e não dependemos de Lei Rouanet, nosso cachê quem paga é o povo. A gente não precisa fazer tatuagem no ‘toba’ para mostrar se a gente está bem ou não. A gente simplesmente vem aqui e canta e o Brasil inteiro canta com a gente”.
Afora a mania masculina de sempre querer impor regras aos corpos femininos, e afora a estratégia desleal de ganhar seguidores em cima dos outros, existe uma hipocrisia sem precedentes.
O cara que quer fiscalizar o c* alheio é o mesmo que tira foto de sunga com o p*u duro pra tentar viralizar na internet (e nunca viraliza, porque aparentemente não é lá essas coisas).
Ele já vazou um nude “sem querer” no Instagram. Durante uma gravação em seu Stories, mostrou as partes íntimas e o vídeo acabou viralizando na web.
Típico do macho alfa: primeiro eu tento aparecer com meu falo, bradando minha masculinidade pra chamar atenção. Se não funcionar, eu ataco uma mulher pra ganhar mídia.
Perdão pelo adjetivo pesado, amigos, mas isso é desprezível.
É intrigante, aliás, como Anitta é frequentemente atacada na internet. O sucesso traz ataques de ódio nesses tempos? Temo que a resposta seja sim.
Mais do que isso, o fato de ela se mostrar como progressista e principalmente antibolsonarista, e vender essa imagem propositalmente, incomoda os conservadores. Uma mulher sendo atacada por dizer a verdade: nada novo sob o sol.
Não falo como fã – porque não sou – mas como mulher: o que fazem com Anitta é desleal.
Mas ela continua plena, fazendo tudo que quer, dizendo tudo que quer e deixando ministro sem palavras, e, por que não, tatuando o c*.
Nada é mais ofensivo para os bolsominions do que uma mulher fazendo o que quer fazer. Se for uma mulher poderosa, que vive do próprio trabalho, construiu a própria trajetória com inteligência e esforço para enfim chegar ao topo, é ainda mais ofensivo.
Anitta não respondeu à provocação – late que eu tô passando – mas outros famosos defenderam a cantora, inclusive a influenciadora Gkay ao que Zé Neto – vulgo meia-bomba – respondeu que “não falou o nome de ninguém, mas o engajamento tá top.”
A criatura é tão burra que confessa que ataca mulheres para ganhar mídia. E a essa altura eu penso que “desprezível” chega a ser um adjetivo insuficiente.
Quanto mais mulher preta chegando ao topo e virando patroa, mais homem sem autoestima tentando surfar a onda. O bom é que gente como Zé Neto não sabe o principal: sucesso não vem com pequenos golpes, vem com trabalho.
E disso Anitta sabe.
https://www.youtube.com/watch?v=avMD8u48fJo