Receita Federal mobilizou por quatro meses uma equipe de cinco servidores para apurar uma acusação feita pelo senador Flávio Bolsonaro, filho 01 do presidente da República, diz reportagem da Folha de S.Paulo.
A acusação teria tido seus dados fiscais acessados e repassados de forma ilegal ao Coaf, o que deu origem ao caso das “rachadinhas”.
Documentos inéditos obtidos pelo jornal mostram, pela primeira vez, a ação efetiva da máquina pública federal em decorrência da estratégia de Flávio.
Filho do presidente e seus advogados buscaram a ajuda de órgãos do governo federal para tentar reunir provas com o intuito de anular as investigações.
Ele é suspeito de montar um esquema de desvio de parte do salário de assessores quando era deputado estadual, no Rio de Janeiro.
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O que diz a Receita?
Receita jamais confirmou a apuração. A partir de informações internas que indicavam a existência do caso, o jornal apurou o número do processo, 14044.720344/2020-99. A partir daí, entrou com pedido de Lei de Acesso à Informação.
As 181 páginas do processo mostram que de outubro de 2020 a fevereiro de 2021 a Receita deslocou dois auditores-fiscais e três analistas tributários para fazer a apuração, que foi objeto de requerimento apresentado por Flávio, por intermédio de quatro advogados —Luciana Pires, Renata Alves de Azevedo, Juliana Bierrenbach e Rodrigo Rocha—, ao então secretário especial da Receita, José Barroso Tostes Neto.
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