O senador Flávio Bolsonaro (PL) isentou o pai sobre as denúncias de participação no esquema de falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19, mas sobre a participação de Mauro Cid, preso desde 3 de maio, deixou apenas incertezas: “Não sei se ele fez tudo isso sozinho. Sei que o presidente nunca teve um cartão de vacinação falsificado e nunca autorizou ninguém a fazer isso. Ele [Cid] tem que falar por que fez, se é que fez isso”, disse.
A fala de Flávio foi em entrevista para o jornal O Globo, onde classificou as acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como frágeis, pois seriam tentativas para impedir futuras eleições de seu pai.
Este é mais um posicionamento do clã Bolsonaro que isola o ex-ajudante de ordens do Planalto. Em descontentamento de Mauro Cid e seu pai, o general Cid, com o afastamento, o tenente-coronel, braço direito de ex-presidente, trocou de advogado por um especialista em delação premiada.
Flávio, que já foi investigado pelo crime de rachadinha, disse que seu irmão, Carlos Bolsonaro (Republicanos) conseguirá comprovar que é inocente, assim como ele provou. A investigação, no entanto, não teve andamento, pois a Justiça entendeu que estava correndo em instância errada e decidiu por arquivar o caso, portanto, não houve “provas de inocência”.
O senador também fez análises sobre as próximas eleições. Ele afirmou que será candidato à prefeitura do Rio de Janeiro em 2024, e fez críticas às vitórias do atual prefeito, Eduardo Paes: “errar duas vezes é humano, três vezes é burrice e errar uma quarta é Eduardo Paes”.
O filho “01” de Bolsonaro também previu a corrida presidencial de 2026. Na possível ausência de Jair na disputa, Flávio entende que Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, é um nome forte para o pleito. Sobre a madrasta, Michelle Bolsonaro, o senador afirmou que está muito longe para analisar, mas não acha que ela se candidatará ao Executivo.