Flávio Dino envia notícia-crime ao STF contra parlamentares bolsonaristas por acusação falsa

Atualizado em 20 de março de 2023 às 18:59
Ministro da Justiça, Flávio Dino. Foto: Reprodução

O ministro da Justiça, Flávio Dino, enviou nesta segunda-feira (20) uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra parlamentares que o acusaram de estar envolvido com o crime organizado após visita ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.

No último dia 13, Dino foi à favela Nova Holanda para participar de um evento e ouvir lideranças locais. Após a visita, parlamentares bolsonaristas afirmaram que o ministro entrou na comunidade sem escolta.

“[Vou representar] contra alguns parlamentares que estão propagando, em associação delituosa, duas fake news. A primeira é de que eu estive no Complexo da Maré reunido com o Comando Vermelho. A segunda, igualmente criminosa, é que estava lá sem escolta policial”, afirmou.

A notícia-crime foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes, que é relator do Inquérito nº 4.781, conhecido como “Inquérito das Fake News”, que tramita na Suprema Corte.

Flávio Dino durante visita ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução

A ação pede a apuração da conduta dos senadores Flávio Bolsonaro (PL), Marcos Do Val (PSB), e dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL), Carlos Jody (PL), Paulo Bilynskyj (PL), Otoni de Paula (MDB) e Cabo Gilberto Silva (PL).

“Eles deveriam se notabilizar pelo trabalho parlamentar sério, respeitando a população, infelizmente, o caminho que eles escolhem é outro. Na nossa ótica, isso pode configurar o crime de calúnia, difamação, racismo com a configuração dada da lei sancionada em janeiro, e também associação criminosa, na medida em que há uma concertação desses agentes”, disse o ministro.

Dino garante que os parlamentares atuaram de forma organizada. Sendo assim, eles poderiam ser enquadrados como uma organização criminosa. O ministro também acionará as comissões de Ética da Câmara dos Deputados e do Senado.

Uma das postagens que levou Dino a essa medida essa:

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