Por Moisés Mendes
A Folha começa amanhã uma série de reportagens sobre o futuro do bolsonarismo.
Jornalistas da Folha, do Globo e do Estadão já decretaram o fim de Lula e do PT várias vezes.
O PT iria acabar depois da crise do chamado mensalão em 2005. Iria ser extinto depois do golpe contra Dilma, em 2016, e seria transformado em pó com o encarceramento de Lula em 2018.
A Folha é ruim de fazer previsões, ouvindo sempre os mesmos ‘especialistas’ e videntes.
O bolsonarismo é uma anomalia da política, criada pela democracia, e sua sobrevivência depende muito mais da população do que do próprio Bolsonaro.
Bolsonaro foi o hospedeiro das ideias, atitudes e ações de pelo menos um terço da população. O resto foi atrás e muitos não conseguem voltar.
Foi esse vasto contingente sem escrúpulos e disseminador de ódios e preconceitos que inventou Bolsonaro, e não o contrário.
O que a Folha precisa prever é se a população continua disposta a bancar Bolsonaro como seu guru acima de tudo e de todos.
O bolsonarismo é muito mais uma doença coletiva do que uma ideologia.
Publicado originalmente no blog do Moisés Mendes.
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