Folha escuta seus videntes. Por Moisés Mendes

Atualizado em 19 de março de 2023 às 22:18
Golpistas durante atos terroristas, no dia 8 de janeiro, em Brasília. (Foto: Reprodução)

Por Moisés Mendes 

A Folha começa amanhã uma série de reportagens sobre o futuro do bolsonarismo.

Jornalistas da Folha, do Globo e do Estadão já decretaram o fim de Lula e do PT várias vezes.

O PT iria acabar depois da crise do chamado mensalão em 2005. Iria ser extinto depois do golpe contra Dilma, em 2016, e seria transformado em pó com o encarceramento de Lula em 2018.

A Folha é ruim de fazer previsões, ouvindo sempre os mesmos ‘especialistas’ e videntes.

O bolsonarismo é uma anomalia da política, criada pela democracia, e sua sobrevivência depende muito mais da população do que do próprio Bolsonaro.

Bolsonaro foi o hospedeiro das ideias, atitudes e ações de pelo menos um terço da população. O resto foi atrás e muitos não conseguem voltar.

Foi esse vasto contingente sem escrúpulos e disseminador de ódios e preconceitos que inventou Bolsonaro, e não o contrário.

O que a Folha precisa prever é se a população continua disposta a bancar Bolsonaro como seu guru acima de tudo e de todos.

O bolsonarismo é muito mais uma doença coletiva do que uma ideologia.

Publicado originalmente no blog do Moisés Mendes

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