Foragido, bolsonarista Oswaldo Eustáquio consegue asilo na Espanha

Atualizado em 7 de dezembro de 2023 às 12:27
O blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio. Foto: Reprodução

O blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio pediu asilo na Espanha e está morando em Madri. Ele, que está foragido há um ano após ordem de prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), poderá ficar no país sem ser extraditado pelo menos até abril de 2024. A informação é da coluna de Guilherme Amado no Metrópoles.

No dia 22 de junho, Eustáquio fez um pedido de “proteção internacional” no Ministério do Interior da Espanha. O registro foi feito presencialmente em Toledo, cidade que fica a 70km de Madri, e ele ganhou o direito de não ser extraditado da Espanha por pelo menos dez meses, até 22 de abril de 2024.

No próximo ano, terá que apresentar uma série de documentos ao governo espanhol para tentar conseguir mais meses no país. Ele foi rastreado pela Polícia Federal no país em outubro deste ano, depois de deixar o Paraguai por ter asilo negado pelo Comitê Nacional para Refugiados do país.

O blogueiro foi alvo de ordem de prisão assinada em dezembro de 2022 por Moraes. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), há “fortes indícios” de que ele cometeu os crimes de ameaça e abolição violenta do Estado Democrático. de Direito.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão de Oswaldo Eustáquio em dezembro de 2022. Foto: Victoria Silva/AFP

O magistrado já pediu a inclusão do nome de Eustáquio na lista vermelha da Interpol, mas a ordem judicial ainda não foi cumprida. A PF não conseguiu inserir o nome do bolsonarista na difusão e a corporação respondeu que não poderia incluir pessoas que pediram refúgio a outros países.

O advogado de Eustáquio, Ricardo Vasconcellos, confirmou que ele pediu asilo à Espanha e negou que ele esteja foragido, alegando que seu cliente é um “exilado político”. “Oswaldo Eustáquio não é um foragido, mas sim um exilado político, pois saiu do Brasil antes de sua prisão ser decretada, conforme documentos do inquérito”, afirma.

O defensor diz que Eustáquio “goza dos direitos de um refugiado político” e não poderá ser deportado. “Escolhemos a Espanha porque o país não aceita pedidos oriundos de perseguição política, que se configura explícita neste caso”, completou.

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